domingo, 21 de fevereiro de 2010

Seu filho ainda não fala? Saiba se é o caso de se preocupar

Por Perri Klass* The New York Times

Se o desenvolvimento e a audição da criança estão bem, uma questão é considerar o ambiente. Alguém conversa com o bebê? Não há nada simples na fala, nem no atraso da fala – a começar pelo desafio de seu diagnóstico.

Todo pediatra conhece a frustração de tentar qualificar habilidades da fala e da linguagem de uma criancinha que chora. Quantas palavras ele consegue dizer? Ela consegue colocar duas ou mais palavras juntas numa frase? Outras pessoas, que não você, conseguem entendê-lo quando ele fala? Perguntas como essas, feitas aos pais, são os parâmetros rápidos e crus que muitas vezes usamos.

Crua ou não, a avaliação é crucial: quanto mais cedo ela é feita, mais cedo a criança com atraso na fala pode receber ajuda. Quanto mais cedo a ajuda, melhores as perspectivas.

“O médico que entende o atraso na fala entende o desenvolvimento infantil”, afirmou Dr. James Coplan, pediatra de desenvolvimento neural em Rosemont, Pensilvânia, que criou um método para medir a linguagem da criança, do nascimento até os 3 anos.

“As crianças no primeiro ano entendem grande parte do que ouvem ao seu redor”, disse Diane R. Paul, diretora do grupo de questões clínicas em patologia da linguagem e da fala. Crianças de um ano, ela continuou, “começam a usar palavras soltas, seguir orientações simples, apontar para partes do corpo e ouvir histórias simples”. Com cerca de 2 anos, elas começam a unir palavras; aos 3, elas devem usar frases de, no mínimo, três palavras.

As primeiras expressões podem ser simples, mas o que as produz é muito complexo. Quando uma criança não alcança esses marcos, pode haver várias razões. Coplan, que também é autor do livro “Making Sense of Autistic Spectrum Disorders” (Random House, 2010), afirma observar o atraso na fala num contexto bastante amplo, da cognição à comunicação. Será que é um problema puramente relacionado com a fala e a linguagem, ou há um atraso mais amplo? Será que algo deu errado nas relações sociais da criança?

A primeira coisa é perguntar se a criança pode ouvir. Hoje, todos os recém-nascidos têm sua audição examinada antes de deixar a maternidade, mas exames posteriores podem captar perdas de audição progressivas ou adquiridas.

Próxima pergunta: e o resto do desenvolvimento da criança? O atraso na fala e na linguagem pode ser uma forma como pais e pediatras notam pela primeira vez um atraso mais amplo no desenvolvimento.

“Você pode observar atrasos na linguagem receptiva, no uso de habilidades visuais, como apontar, habilidades de adaptação, como usar uma colher ou um lápis de cera”, disse Coplan. “Uma criança de 1 ano e meio que não segue comandos, que não usa uma colher para cavar, isso é um atraso mais amplo”.

Questões de fala e linguagem também podem ser indícios precoces de transtornos de neurodesenvolvimento, incluindo as várias formas de autismo. Nem todas as crianças com autismo têm fala atrasada, embora muitas vezes elas não usem suas palavras para se comunicar; uma criança assim pode ter memorizado o alfabeto, disse Coplan, sem nunca der aprendido a dizer “mamãe e papai”.

Se o desenvolvimento e a audição da criança estão bem, uma questão é considerar o ambiente. Alguém conversa com o bebê? Algo está atrapalhando – talvez um lar excepcionalmente caótico, talvez um pai depressivo? O desenvolvimento da linguagem e da fala exige estímulo.

Pediatras foram culpados no passado por serem lentos na realização de diagnóstico de atraso na fala, mas os tempos são outros; Coplan reconheceu a defesa dos pais e programas federais de intervenção precoce, que fazem com que crianças com menos de 3 anos possam receber uma avaliação gratuita.

“Acho que os médicos, agora que têm um lugar aonde mandar as crianças, estão muito mais propensos a fazê-los, em vez de dizer: ‘Vamos aguardar para ver’”, disse ele. “Não encontro as histórias de terror que ouvia 20, 30 anos atrás, quando os pais diziam: ‘Passamos por cima das objeções do nosso médico’”.

Ainda assim, como pediatra, nem sempre gerenciei bem os pais. Uma vez cuidei de um menino com quem me preocupava. Na sala de exames, ele parecia não ter habilidades normais de comunicação; cada vez mais eu tinha certeza que ele tinha algum grau de autismo.

Achei que ele não estava aprendendo palavras, mas temia muito mais porque, até onde eu sabia, ele não fazia contato visual, nunca respondia de forma clara a qualquer coisa que seus pais diziam ou faziam, porque parecia desconectado de alguma forma.

Os pais do menino desprezaram minhas preocupações e se recusaram a consultar outro médico indicado. Quando ele estava em casa com a avó, insistiam os pais, o menino conseguia se comunicar perfeitamente. Ele não precisava de ajuda.

Nesse caso, fiz o diagnóstico certo, mas minhas próprias habilidades de comunicação não foram suficientes.

Houve também o caso em que garanti aos pais: sua filha pode não falar tanto quanto a irmã quando tinha essa idade, mas ela diz muito mais que o mínimo para uma criança de 2 anos, ela entende tudo que vocês dizem e consegue obedecer a comandos complexos. Vamos aguardar para ver, vamos dar um tempo. Será que acertei dessa vez?

Os pediatras são sempre lembrados a ficarem atentos a atrasos na fala e na linguagem – não dar de ombros e simplesmente dizer que os meninos começam a falar depois das meninas, ou que irmãos mais novos começam a falar mais tarde em relação aos mais velhos. Esses fatores podem contribuir para uma variação normal, mas eles não deveriam ser usados para explicar o motivo pelo qual uma criança não alcança os marcos essenciais.

Como todo pediatra sabe, os verdadeiros especialistas nessa história são os patologistas de fala e linguagem.

Paul deu dicas genéricas a pais que querem melhorar as habilidades de comunicação de seus filhos: “Fale com sua criança sobre o que elas estão focadas. Leia para seu filho com frequência. Se eles são de uma família bilíngue, fale e leia para a criança na língua com a qual você se sente mais confortável. Fale claramente e de forma natural, use palavras reais. Mostre empolgação quando a criança fala”.

E ouça o que a criança tem a dizer.

*Perri Klass é médico

Fonte: notícias UOL

No mundo silencioso da fantasia

Como todas, as crianças surdas adoram o faz-de-conta. Isso ajuda no desenvolvimento



A fantasia é fundamental para a criança entender a realidade que a cerca. Para quem não ouve nem fala, o faz-de-conta representa muito mais: a integração no mundo das brincadeiras das crianças comuns, sem deficiência. A pedagoga Daniele Nunes Henrique Silva pesquisou o assunto, publicado no livro Como Brincam as Crianças Surdas, da Editora Plexus. Em seu trabalho, ela ressalta a importância de se conhecer a língua dos sinais para entrar na fantasia com os amiguinhos e se igualar a eles no desenvolvimento intelectual.

O que a levou a pesquisar as brincadeiras das crianças surdas?
No curso de graduação, na Unicamp, comecei a estudar as brincadeiras de faz-de-conta de crianças em orfanato, interessada em saber que papéis elas gostavam de interpretar. Minha professora na época estudava as crianças surdas, percebendo que elas brincavam muito com situações que as faziam sair da condição de surdas, como atender telefone e ouvir rádio. Fiquei interessadíssima e resolvi fazer minha tese de mestrado aprofundando esse tema, com base nas seguintes questões: Como a criança surda utiliza a língua dos sinais nas brincadeiras? Como encena os papéis sociais? Que relação tem essa escolha com a linguagem?

O que você descobriu?
A pressão do mundo ouvinte é grande sobre a criança surda e ela quer entendê-lo. Uma das formas de fazer isso é brincando, e quando conhece a língua brasileira dos sinais, esse universo da brincadeira fica mais amplo. Ela pode explicar para o amigo o que está representando na brincadeira ou do que pretende brincar. Pode pegar uma cobra de pano, por exemplo, e indicar para a outra criança que aquilo virou uma moto. Esse ato de brincar com as idéias é essencial no desenvolvimento infantil. Para a criança surda que não domina a linguagem dos sinais, a brincadeira fica difícil porque ela não consegue passar sua idéia para o outro. Como ela diz para o parceiro que estão brincando de dirigir?

A brincadeira dessa criança precisa ser adaptada?
Não, a criança com surdez brinca da mesma forma que as outras. A diferença está na maneira de se comunicar. Por meio da palavra, ambas entram no mundo do faz-de-conta. No caso da criança surda, os sinais são a palavra. Quanto mais cedo ela aprender essa linguagem, melhor para seu desenvolvimento. Porque ela terá maior condição de representar o mundo e de se expressar sobre ele. Essa é a base de todo raciocínio da criança e o fundamento de todo pensamento simbólico, abstrato e representativo.

O que chamou mais a atenção nas brincadeiras dessas crianças?
A criança surda organiza a brincadeira de um jeito diferente, porque utiliza as mãos para tudo, fazer sinais, gestos e compor expressões corporais. E tem de representar com muita rapidez para o colega entender, entrar no enredo e não desistir da brincadeira. Se ela não sabe a língua dos sinais, a brincadeira não se desenvolve tanto quanto no faz-de-conta da criança ouvinte, que recheia sua fantasia com muitos diálogos e representações. Outro aspecto é que o faz-de-conta começa quando a criança aprende a falar. Por volta dos 2 anos todas têm essa capacidade. No caso da criança com surdez, é quando ela começa a se expressar por sinais. Daí a importância de os pais detectarem o problema cedo e usarem a linguagem dos sinais com o filho o quanto antes. A criança que ouve participa do mundo muito antes de falar. A mesma coisa precisa ocorrer com o deficiente auditivo. Ele precisa estar inserido no universo da sua língua muito antes de começar a falar.

Que dicas você poderia dar de como brincar com a criança surda?
É ela que nos ensina a brincar. Muitos me perguntam se tem um brinquedo específico para surdos. Os brinquedos são iguais para todo mundo. Não se pode discriminar brinquedos, a sociedade já está por demais discriminada. Se for pensar assim, daqui a pouco vai ter brinquedo para branco, negro, índio, chinês. Não é preciso ensinar uma criança a brincar. No caso do deficiente auditivo, é só dar a ele ferramentas para se comunicar, para que ele faça fluir sua imaginação.

Dá para ensinar a língua dos sinais na brincadeira?
Esse aprendizado deve funcionar igual ao da fala para a criança ouvinte. Não a ensinamos a falar. No cotidiano, com a convivência com os pais, suas atividades são marcadas pela fala. Deve ser assim com a criança surda. O neurologista Oliver Sacks escreveu sobre isso num livro, descrevendo um lugar nos Estados Unidos, a ilha de Martha's Vineyard, no estado de Massachusetts, onde a maioria dos habitantes é surda. Ele diz que quando se chega lá você é o diferente, porque é o ouvinte e todos se comunicam por sinais. E o desenvolvimento das pessoas é igual ao de qualquer ouvinte. É isso que os pais de crianças surdas têm de entender, o quanto é importante aprenderem a língua dos sinais, como se fossem surdos também, para transmiti-la ao filho.

Como Brincam as Crianças Surdas
Daniele Nunes Henrique Silva
Editora Plexus
Fonte: Revista Crescer, Edição 110 Jan/03
http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC464887-2337,00.html

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Atenção com os Bebês

As crianças pequenas não contam se ouvem bem ou não. É necessário que os adultos estejam sempre atentos ao menor sinal de perda auditiva.
A criança pode ter perda auditiva se:

* tem parentes que nasceram surdos.
* a mãe teve rubéola na gravidez.
* o parto foi demorado.
* nasceu prematura ou com menos de 1,5kg.
* teve icterícia (ficou amarelinho) quando nasceu.
* teve meningite.
* tomou medicamento ototóxico.

Fique atento se a criança:
* 0 a 3 meses não acorda com barulhos fortes.
* 3 a 6 meses não movimenta a cabeça em direção aos sons
* 6 meses a 1 ano não emite sons.
* não reconhece o próprio nome
* 1 a 2 anos não compreende palavras cotidianas.
* não reconhece o próprio nome e o das pessoas próximas.
* não forma frases curtas.
* Até 3 anos não conversa assuntos do dia-a-dia.
* não obedece a ordens simples.
* não conversa com outras crianças.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

LIBRAS e Educação Infantil pra Crianças Surdas

Falar sobre educação infantil para surdos exige uma discussão prévia sobre as línguas de sinais o processo de aquisição da linguagem por crianças surdas e os seus direitos linguísticos. Isso se faz necessário, uma vez que a língua natural das crianças surdas é a língua de sinais.
Língua Brasileira de Sinais
A língua de sinais brasileira é uma língua usada pela comunidade surda brasileira. É uma língua reconhecida pela Lei 10436/2002 e pelo Decreto 5626/2005. Essa língua é visual-espacial, ou seja, se realiza no espaço com articuladores visuais: as mãos, o corpo, os movimentos e o espaço de sinalização. É uma língua usada entre os surdos, a partir do momento em que acontece o encontro surdo-surdo. As escolas, as associações dos surdos, os pontos de encontros são locais em que a comunidade surda se encontra e usa a sua língua.
Existem diferentes línguas de sinais para cada comunidade de surdos. Como já foi mencionado, existe a língua de sinais americana ASL que é usada por surdos dos Estados Unidos, há a língua de sinais brasileira LIBRAS que é usada pelos surdos dos grandes centros urbanos do Brasil e assim por diante.
Os estudos da língua de sinais americana começaram na década de 50 através de uma descrição realizada por Willian Stokoe, publicada em 1965 pela primeira vez (Stokoe et alli, 1976). Esse trabalho representou uma revolução social e linguística. A partir dessa obra, várias outras pesquisas foram publicadas apresentando perspectivas completamente diferentes do estatuto das línguas de sinais (Bellugi & Klima, 1972; Siple, 1978; Lillo-Martin, 1986) culminando no seu reconhecimento linguístico nas investigações da Teoria da Gramática com Chomsky (1995:434, nota 4) ao observar que o termo "articulatório" não se restringe a modalidade das línguas faladas, mas expressa uma forma geral da linguagem ser representada no nível de interface articulatório-perceptual incluindo, portanto, as línguas sinalizadas.
Quase que em paralelo a esses estudos, iniciaram-se as pesquisas sobre o processo de aquisição da linguagem em crianças surdas filhas de pais surdos (Meier, 1980; Loew, 1984; Lillo-Martin, 1986; Petitto, 1987). Essas crianças apresentam o privilégio de terem acesso a uma língua de sinais em iguais condições ao acesso que as crianças ouvintes têm a uma língua oral-auditiva . No Brasil, a língua de sinais brasileira começou a ser investigada na década de 80 (Ferreira-Brito, 1986) e a aquisição da língua de sinais brasileira nos anos 90 (Karnopp, 1994; Quadros, 1995).
Todos esses estudos concluíram que o processo das crianças surdas adquirindo língua de sinais ocorre em período análogo à aquisição da linguagem em crianças adquirindo uma língua oral-auditiva. Assim sendo, mais uma vez, os estudos de aquisição da linguagem indicam universais linguísticos. O fato de o processo ser concretizado através de línguas espaciais-visuais, garantindo que a faculdade da linguagem se desenvolva em crianças surdas, exige uma mudança nas formas como esse processo vem sendo tratado na educação de surdos.
Tal língua apresenta todos os níveis de análise de quaisquer outras línguas, ou seja, o nível sintático (da estrutura), o nível semântico (do significado), o nível morfológico (da formação de palavras), o nível fonológico (das unidades que constituem uma língua) e o nível pragmático (envolvendo o contexto conversacional) .
Como o surdo se expressa para comunicar sua língua materna?
A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explorá-las. Configurações de mão, movimentos, expressões faciais gramaticais, localizações, movimentos do corpo, espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito.
- estabelecimento do olhar- exploração das configurações de mãos- exploração dos movimentos dos sinais (movimentos internos e externos, ou seja, movimentos do próprio sinal e movimentos de relações gramaticais no espaço)- utilização de sinais com uma mão, duas mãos com movimentos simétricos, duas mãos com movimentos não simétricos, duas mãos com diferentes configurações de mãos.- uso de expressões não manuais gramaticalizadas (interrogativas, topicalização, focus e negação)- exploração das diferentes funções do apontar- utilização de classificadores com configurações de mãos apropriadas (incluem todas as relações descritivas e preposicionais estabelecidas através de classificadores, bem como, as formas de objetos, pessoas e ações e relações entre eles, tais como, ao lado de, em cima de, contra, em baixo de, em, dentro de, fora de, atrás de, em frente de, etc.);- exploração das mudanças de perspectivas na produção de sinais- exploração do alfabeto manual- estabelecimento de relações temporais através de marcação de tempo e de advérbios temporais (futuro, passado, no presente, ontem, semana passada, mês passado, ano passado, antes, hoje, agora, depois, amanhã, na semana que vem, no próximo mês, etc.)- exploração da orientação da mão- especificação do tipo de ação, duração, intensidade e repetição (adjetivação, aspecto e marcação de plural)- jogos de perguntas e respostas observando o uso dos itens lexicais e expressões não manuais correspondentes- utilização de “feedback” (sinais manuais e não-manuais específicos de confirmação e negação, tais como, o sinal CERTO-CERTO, o sinal NÃO, os movimentos de cabeça afirmando ou negando)- exploração de relações gramaticais mais complexas (relações de comparação, tais como, isto e aquilo, isto ou aquilo, este melhor do que este, aquele melhor do que este, este igual àquele, este com aquele; relações de condição, tais como, se isto então aquilo; relações de simultaneidade, por exemplo, enquanto isto acontece, aquilo está acontecendo; relações de subordinação, como por exemplo, o fulano pensa que esta fazendo tal coisa; aquele que tem isso, está fazendo aquilo)- estabelecimento de referentes presentes e não presentes no discurso, bem como, o uso de pronominais para retomada de tais referentes de forma consistente- exploração da produção artística em sinais usando todos os recursos sintáticos, morfológicos, fonológicos e semânticos próprios da LSB (tais recursos incluem, por exemplo os aspectos mencionados até então). A proposta é de tornar rica e lúdica a exploração de tais aspectos da língua de sinais que tornam tal língua um sistema linguístico complexo.
Considerando o ensino da língua portuguesa escrita para crianças surdas, há dois recursos muito importantes a serem usados em sala de aula: o relato de histórias e a produção de literatura infantil em sinais. O relato de histórias inclui produção espontânea das crianças e a do professor, bem como, a produção de histórias existentes; portanto, de literatura infantil.As crianças surdas tem a necessidade de visualizar os sinais para aprender a escrita, porém para as crianças surdas o contato com computador ajuda esta compreensão uma vez que é preciso material concreto.Os sinais e desenho são basicamente a substituição da audição, fazendo o visual indispensável para uma aprendizagem sólida.